sábado, 20 de fevereiro de 2021

Hagar, Ismael, e a Proteção à Criança




 


"Quando acabou a água, Hagar colocou o menino à sombra de um arbusto e foi sentar-se sozinha, uns cem metros adiante. “Não quero ver o menino morrer”, disse ela, chorando sem parar.

Mas Deus ouviu o choro do menino e, do céu, o anjo de Deus chamou Hagar: “Que foi, Hagar? Não tenha medo! Deus ouviu o menino chorar, dali onde ele está.

Levante-o e anime-o, pois farei dos descendentes dele uma grande nação”.
Então Deus abriu os olhos de Hagar, e ela viu um poço cheio de água. Sem demora, encheu a vasilha de água e deu para o menino beber.

Deus estava com o menino enquanto ele crescia no deserto. Ismael se tornou flecheiro
e se estabeleceu no deserto de Parã, e sua mãe conseguiu para ele uma esposa egípcia.”

Gênesis 21:15-21


Quando colocamos os óculos da proteção à criança, percebemos de forma muito mais contundente o cuidado de Deus para com os pequeninos. Vemos que mesmo que a sociedade nem sequer contasse as mulheres e as crianças Deus se importava e cuidava destes.

Nesse caso é muito legal observar como a história acontece. Hagar e seu filho foram expulsos de seu lar com alguma porção de pão e água e são enviados ao deserto. Em certo momento a água acaba, a porção de pão provavelmente também, e Ismael começa a chorar.

Sua mãe desesperada o coloca a sombra de um arbusto e se afasta, pois não suportaria ver seu filho morrer. Em lágrimas intermináveis ela espera pelo pior.

> Deus ouve o choro da criança!

Mas como vemos no verso 17, Deus ouviu o choro do menino. Não diz que ele ouviu o choro da mãe, apesar de que isso possa ter acontecido. Mas a Bíblia fala especificamente do choro da criança.

Deus enxerga, Ele vê, Ele olha pela criança. Deus ama e cuida dos pequenos. Deus ouve o clamor das crianças que sofrem. Ele não está apático ao sofrimento deles. Diante desse choro Deus age. Em diferentes textos bíblicos, vemos diferentes forma de atuação de Deus, e sua justiça não falha. Nesse momento, no entanto, vemos uma atuação de Deus, no sentido de preservar a vida do pequeno Ismael.

Isso nos mostra que Deus ouve o choro das crianças que sofrem a perda, o abuso, a orfandade, a fome, o desespero, a iminente morte etc. Deus se importa profundamente com cada criança e o que ela tem vivido nesse mundo caído, imerso no pecado e suas consequências.

> Deus envia o seu mensageiro!

Diante da situação Deus envia o seu mensageiro para falar com Hagar.

Nos dias de hoje Deus também enviou o mensageiro para ver o que acontece com as crianças que choram. Talvez envie um anjo, mas ele já tem seu mensageiro, enviado para trazer a realidade seu Reino e justiça para esse mundo. Para proclamar o ano aceitável do Senhor, e cuidar do órfão e da viúva. O mensageiro enviado para tornar, através de demonstrações de amor incondicional, o Deus que é invisível, visível. Deus tem a sua Igreja na terra.

Deus tem mensageiros e filhos espalhado pelos quatro cantos da terra para olhar para os pequenos que sofrem e precisam de socorro. A Igreja de Cristo está aqui para levar a mensagem e a esperança ao mundo.

Esse mensageiro, a Igreja, traz a mesma mensagem que o mensageiro do Senhor levou a Hagar. “Não se preocupe, Deus ouviu o choro do menino”.

Deus nos chama a levar esta mensagem essa mensagem de esperança. Não se preocupe, Deus ouve o choro das crianças.

> Deus orienta sobre como deve-se tratar a criança chora!

Então Deus orienta como deve ser feito o cuidado com a criança.

“Levante-o e anime-o”, algumas versões dirão “Levante-o e tome-o pela mão”, ou ainda “carregue-o pela mão”.

- Levante-o

Cuide da vida do menino. Não o deixe morrer. Não permita que a criança de desfaleça. Resguarde a vida.
Quanto à criança que sofre a primeira coisa que precisamos fazer é ter a certeza de que sua vida foi resguardada. Que a criança está segura, protegida.

Sim, é nesse momento que vejo claramente a necessidade da proteção à criança. Se ela chora porque corre risco de vida, porque sofre abusos físicos, abusos emocionais, abusos sexuais, fome, situação de risco ou vulnerabilidades extremas, é preciso que a vida e integridade da criança sejam resguardados.

Precisamos antes de qualquer coisa retirar a criança dessa situação. Precisamos garantir que os direitos dessa criança sejam assegurados. Precisamos tomar passos práticos nessa direção. Se é um risco eminente de vida, ligue para a polícia, se desconfia de algum tipo de abuso ou restrição aos seus direitos fundamentais, denuncie nos canais disponíveis para tal. FAÇA algo que vá “levantar essa criança”. Tire a criança do seu decreto de morte.

Se a orfandade a faz sofrer, faça algo!

Muitas denominações cristãs, vendo essa dor abriram orfanatos e casas de acolhimento por todo o Brasil. Mas digo: Vá além! Adote. Tire a criança da posição da dor causada pela orfandade e a levante a posição de uma criança que tem novamente uma família, ou que finalmente tem uma família. Se cada família cristã assumir a responsabilidade por uma criança em situação de orfandade, ou abandono, não precisaríamos de orfanatos, e assim o próximo passo poderá ser dado, o “tome pela mão”.

Não importa a situação que causa o choro. Deus ouve o choro, e envia o seu mensageiro para que a criança não morra. Para que a criança não permaneça na atual situação de choro, dor e morte.

- Anime-o / Segure pela mão

Esse é o próximo passo que temos que dar depois de tirar a crianças do risco. Resolver o problema do choro.
É o momento que vamos guiar essa criança. Segurar na mão e assegurar que ela não voltará mais para situação de morte, risco, abuso, sofrimento... Isso é efetivar esse cuidado.

Se Hagar após levantar o menino, não o tomasse pela mão ele poderia cair novamente e morrer.
Não adianta apenas, tirar a criança da morte. Temos que guiar a criança para a vida.

Hagar ainda não sabe como, nem o que fazer, mas sabe que desse momento em diante, ela é a responsável por guiar a criança à vida. Mantê-lo animado até que a solução ao problema seja efetivo em sua vida.

Denunciou? Resgatou? Adotou? Alimentou? Agora tenha a certeza de que o processo continuará. Cobre os resultados das autoridades locais. Tenha a certeza de que um prato de comida não é tudo que uma criança com fome receberá. Vá além. Crie a criança no caminho de que deve andar para que se desenvolva, cresça e viva uma vida abundante. Não pare no primeiro passo. Assuma a responsabilidade de assegurar que o processo seja completo.

Não seja mais um a abandonar a criança. Levantar a criança e deixá-la, não te torna melhor, te torna cúmplice. Meios caminhos não resolvem o problema, apenas retardam as consequências finais dele.

> Deus abre os olhos de quem cuida das crianças!

Nesse caso Deus abre os olhos de Hagar e ela vê um poço. O texto não diz que Deus colocou milagrosamente o poço ali, mas ele permite que Hagar consiga ver o que não via antes. A fonte de vida, esperança e solução para a dor da criança.

Muitas vezes os recursos já estão à nossa volta. Mas não vemos, e por isso temos medo de levantar a criança e assumir a responsabilidade por ela. Muitas vezes o medo de não haver recursos para socorrer uma criança que sofre, preferimos sofrer distante, chorando, sabendo que a criança vai morrer e não temos condições de ver isso acontecer (como fez Hagar no primeiro momento).

Quando assumimos a responsabilidade, o Senhor nos abre os olhos para ver recursos e estratégias para efetivarmos o resgate da criança. Haverá desafios! Hagar ainda tinha que andar carregando o menino pela mão até chegar ao poço, mantendo-o animado (vivo) caminhando até chegar aonde precisava. Mas o Senhor lhe permitiu ver, e fazer o necessário, para que o menino crescesse, e vivesse para ser o flecheiro que foi, e se casasse com uma egípcia. Para que ele pudesse viver a vida que ele tinha para viver plenamente.

Deus vai abrir nossos olhos para ver os recursos, para montarmos estratégias e levarmos a criança a passar pela infância, e ser um adulto pleno, e pronto para a vida.

Assim, viveremos um pouco mais parecidos com nosso Deus, que ouve o choro da criança e providencia tudo o que era necessário para que a morte virasse vida, e no futuro gerasse muitas outras vidas.

Este é um ciclo que queremos começar:

Tirar a criança do choro, guiá-la até a maturidade em plena forma. Assim esse novo adulto poderá agir com justiça e seguindo os passar da “Hagar” de sua vida, levante outras crianças e as tome pela mão até que cheguem ao poço e vivam.

> Concluindo

Deus se preocupa com a criança e sua proteção, seu cuidado.

Enquanto mensageiros do Senhor, Igreja, precisamos abrir nossos olhos para os pequeninos que sofrem e mudar a sua realidade. Precisamos fazer como Jesus fez, colocar a criança no centro da roda, no centro das atenções e fazer com que sejam vistas e tratadas com dignidade.

Não tem como olharmos para as escrituras e não termos a criança, sua vida, sua preservação e integridade (física, emocional e espiritual) como segundo plano, como algo desnecessário. Deus cuidou e providenciou o cuidado com as crianças e assim nos ensinou ao longo das escrituras sagradas

terça-feira, 31 de março de 2020

Olhando as escrituras através deste século, ou este século através das escrituras?


Hoje, depois de me debruçar por algumas horas em um Livro sobre pregação e pregadores, percebi o quanto posso ser falho em refletir sobre a vida com a palavra de Deus em tudo a minha volta. Sendo a escritura a lente pela qual eu olho para o mundo. Tenho a minha devocional diária, meus momentos de oração, preparação de sermão, trabalho em uma agência missionária, onde tudo o que fazemos tem o propósito que Cristo chegue até os povos ainda não alcançados. Ainda assim, muitas vezes falho em olhar para a vida sob a ótica das escrituras. Assim às vezes olho para as escrituras com os óculos deste século, ou do momento em que vivo, ou o que sinto, ao invés do contrário. Sendo o correto olhar para as circunstâncias da vida, para o mundo, seu momento, e tudo mais sob a ótica a palavra.

Onde quero chegar com essa reflexão?
Hoje muito se fala sobre novas teologias, e como interpretar as escrituras a partir das culturas. Temos a teologia dos negros, as teologias latino americanas, sob o pretexto de que a teologia, vem do branco norte americano, e que esta não consegue falar com o latino, ou o negro.
Mas nós não podemos ler a Bíblia com a lente do branco, ou do negro, ou do latino, ou do teólogo, ou do missionário, ou do pobre, ou do rico, ou da mulher, ou do homem, ou da forma que for. Precisamos que Bíblia leia o branco e traga resposta a seus mais profundos questionamento, ou leia ao negro e fale com ele com precisão, ou descreva ao latino como a sua vida deve ser lida e como reagir a essa leitura.
Como pregador da palavra, preciso parar de ir às a escritura partindo do mundo, ou do momento. Não olhar para a Bíblia do ponto de vista do corona vírus, e tentar achar uma forma relevante de lidar com ele, mas olhar para ele de uma perspectiva bíblica. Deixar a Bíblia ler este século, e nossas vidas.
Não sei o quanto consegui ser claro na prescrição de meus pensamentos noturnos neste post que compartilho. Quero te desafiar a parar de trazer leituras momentâneas e culturais, para a escritura, mas alimente-se dela puramente, e ela lerá tudo a sua volta, trazendo vida a todas as questões, e respondendo profundamente a todos os anseios do coração humano. Pois ela é viva e eficaz, e não precisa do auxílio deste século para ser lida de forma mais adequada. Ao contrário partindo dela, este século será lido como deve ser, e sua questões respondidas antes mesmo de serem perguntadas.
Que o Senhor me ajude, nessa tarefa de apresentar as Escrituras, não colocando respostas nela para este século, mas respondendo à este século com suas eternas verdades.
Ore por cada expositor das Sagradas Escrituras, para que estes antes de qualquer coisa se deixem ler pelas escrituras, e sendo transformados por essas palavras as apresentem a Igreja de Cristo, que tem sede das verdade imutáveis, atemporais e supra culturais das Escrituras. Pois, estes muitas vezes ouvem apenas caprichos colocados sobre texto, para tentar fazer sermões que nos agradem os ouvidos, quando deveriam, mesmo que “dolorosamente”, gerar refrigério para nossas almas, e transformar o nosso século não se conformando com ele. Precisamos de palavras menos confortáveis, mas que confortem muito mais os nossos dias e a alma.
Esta é a oração de um mensageiro do Rei, que clama a cada dia ao Santo Espírito que lhe dê intrepidez e sabedoria no olhar para as Sagradas Escrituras, e através delas ler os nossos dias, para trazer no alimento espiritual as vitaminas de que necessita a Igreja, e não o sabor que ela espera no prato. Mais vale a vitamina C que causa um sabor ácido, ardido como o do limão, do que o açúcar que agrando ao paladar te leva ao túmulo. Assim mais vale uma verdade bíblica difícil de degustar do que a mentira agradável ao ouvido e fácil de pregar.

Braian Pitondo!

sábado, 25 de janeiro de 2020

Refletindo com Agostinho de Hipona!



"... era impedido, não por grilhões alheios, mas por minha própria vontade férrea. O inimigo dominava-me o querer e forjava uma cadeia que me mantinha preso. Da vontade pervertida nasce a paixão; seguindo a paixão, adquiri-se o hábito, e não resistindo ao hábito, cria-se a necessidade. Com essa espécie de anéis entrelaçados (por isso falei de cadeia), mantinha-me ligado à dura escravidão".
Agostinho, Confissões, Livro VIII

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

"Saia da sua terra e vá para onde eu lhe mostrar!" A jornada da Vida. (Gn12:1-4)



Photo by Simon English on Unsplash


Então o Senhor disse a Abrão: "Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei.
"Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção.
Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados".
Partiu Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã.

Gênesis 12:1-4

Por que Abraão sairia de sua terra com sua família sem saber para onde iria? O que faria alguém seguir viagem, abandonar toda a sua vida pra trás sem ter ideia nenhuma de qual é o destino dessa jornada?

A resposta é bem simples apesar de não estar descrita no texto. Ele não sabia para onde iria, mas sabia com quem iria. Quando Deus fala com Abraão, ele diz que mostrará a terra para onde deve ir. Isso mostra que Deus iria com ele, mostrando o caminho a seguir. Abraão sabia o mais importante de todos os fatos, mesmo que fosse nesse momento o único que ele sabia, que Deus estava com ele lhe mostrando para onde ir.

Deus muitas vezes não nos dá a informação completa, mas nos dá direções.
Um dia Ele me chamou para fazer missões. Meu coração se encheu de uma certeza: Tenho que ir ao perdido e levar a mensagem do Evangelho do Cristo que um dia me tirou dar trevas e me trouxe para a Sua maravilhosa luz.

Até hoje não sei onde essa jornada vai parar. Tenho descoberto cada passo no caminho, e fico tentando imaginar onde vou parar. Até hoje não tive essa resposta, mas sigo em paz, tendo uma certeza. Sei quem está comigo me mostrando a cada momento para onde ir e o que fazer. Se me perguntar onde estarei em 5 anos, minha resposta é bem clara: eu não faço ideia.

Não é um estilo de vida confortável, mas é o melhor. Afinal o melhor lugar para vivermos, é o centro da vontade de Deus.

Será que Deus está te chamando a seguir por um caminho com certas incertezas e você está em dúvida do que fazer? Afinal não sabe onde esse caminho vai dar?

Talvez você assim como Abraão, ou Braian, ou tantos outros, não saiba onde a jornada vai terminar, mas sabe que o Senhor está assim te direcionando. Se este é o seu caso, te desafio a focar mais em quem vai contigo, do que em para onde essa jornada vai te levar.

A postura de obediência, foi a marca da vida de Cristo, e isso fica claro em Filipenses 2, onde somos chamados a ter a mesma atitude que houve em Cristo, a atitude de obedecer a Deus até as últimas consequências sejam quais forem. Seguir o chamado dEle para a nossa vida.

Abraão tinha palavra de Deus dizendo que mostraria para onde ir. Nós temos a mensagem do Cristo Ressurreto dizendo que estará conosco até os fins dos tempos, enquanto vamos e fazemos discípulos de todas as nações.

Se você não tiver ainda todas as respostas, mas tiver o direcionamento de Deus. Vá na certeza de Sua presença constante.

Muitos chegam para o treinamento missionário em nossa base, sem saber para onde vão, mas sabem de seu chamado e creem que Deus mostrará mais detalhes durante o caminho. É lindo ver isso se realizando em suas vidas.

Experimente confiar em quem vai contigo, quando não souber para onde está indo, e certamente experimentará o melhor dessa terra.

Mesmo em um estilo de vida não missionário – no sentido de ir para o campo – você pode parar de se preocupar por não ter todas as certezas do caminho, pois tem a certeza de quem caminha contido. Creia mais nesse Deus, confie em sua presença, e seus dias serão muito melhores. 

Deus os abençoe,
Braian Pitondo.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O arco-iris na Rodovia Dom Pedro Segundo.



Gênesis 9:12-17
Estava dirigindo na estrada de volta para minha casa depois de uma viagem em família, quando começou a chover. Essa é uma estrada que eu considero muito linda. Conforme a chuva foi diminuindo, o sol aparecia e por duas vezes dentre as árvores e montes pude ver dois arco-íris.
Apesar de não poder contemplá-los como gostaria (estava dirigindo), pude refletir um pouco sobre eles, assim como o seu propósito de ser.
O arco-íris foi colocado no céu para nos lembrar, e lembrar a Deus (como se ele pudesse se esquecer) de sua aliança com toda a humanidade. Aliança de que nunca mais o mundo ou qualquer forma de vida se findariam em forma de dilúvio de novo.
Esse ano, comecei o ano fazendo uma devocional em Lamentações 3.21-24, que diz que devemos trazer a memória aquilo que nos pode dar a esperança: as misericórdias do Senhor que se renovam a cada dia, e Sua fidelidade.
O arco-íris, é uma das lembranças mais claras sobre a fidelidade do Senhor. Assim como prometeu, sabemos que lá está o arco para lembrarmo-nos de sua misericórdia fiel, que se renova a cada manhã.
Lembrei-me que então que o Senhor me resgatou do dilúvio do pecado, me restaurou e trouxe para a luz. Que eu estava perdido e fui achado, pela graça de Cristo. Lembrei-me qual fim eu merecia, assim como toda a humanidade, e que não somos consumidos, pois ele é fiel a sua palavra. A sua palavra dada a Noé, e a todos que vieram depois dele. Que sua promessa perdura até hoje, e o arco-íris estava lá para me lembrar de tudo isso. Que sem o Senhor eu não sou nada. Que não mereço o que dEle recebi, mas ele me deu mesmo assim. Que a marca de sua fidelidade estava lá no céu para me trazer a memória aquilo que me pode dar esperança. A misericórdia e aliança de Deus para com toda a terra e forma de vida, e a sua fidelidade demonstrada, como um marco.
Não queria que a estrada acabasse, pois a ali fui abraçado pela presença de Deus, pude me arrepender de novo de vários maus caminhos, sabendo que o Deus misericordioso me perdoa e ama, apesar de mim, pois é o que sua palavra, que nunca passará, diz.
Quando ver um arco-íris, lembre-se que o Senhor já demonstrou sua santa ira e limpou a face da terra uma vez com água, e que isso não vai acontecer de novo, pois Ele é fiel a sua palavra, Ele é misericordioso e te ama apesar de ti. Sua fidelidade dura para sempre, e Ele não é homem para mentir, nem filho do homem para se arrepender. Ele é a verdade e a verdade está nEle. Todas as suas palavras se cumprirão.
Não deixe jamais que um marco, um símbolo tão belo passe desapercebido, pois a mensagem que o arco-íris carrega é uma das mais profundas mensagens sobre o caráter de Deus. Não se preocupe apenas em fotografar sua beleza, mas pare, reflita e se transforme.
Espero que em 2020 os menores detalhes do seu e do meu dia-a-dia sirvam para a reflexão e transformação. Pois em tudo podemos ver a glória e presença de Deus, só precisamos olhar mais de perto. Até mesmo na morte, quando podemos experimentar a presença do Espírito consolador como em raros outros momentos.
Viu algo... Pare! Pense! Reflita! Mude!
Renove sua mente na palavra de Deus, vivendo e aplicando-a em tudo o que fizer, ver, sentir e experimentar.
Espero que mais arco-íris e outras formas da manifestação de Deus para nós, cruze meu caminho esse ano, e em cada uma delas, eu sinta a suave presença de Deus me ensinando, como pude sentir nessa viagem.
Deus os abençoe.

O Deus que dirige a história e se Revela através dela!



Um dos textos que mais me falam ao coração, sobre o Deus que dirige a história é caso do coração de Faraó sendo endurecido por Deus, para que se cumprisse aquilo que fora dito por Deus, e se realizasse o Seu plano sobre a vida de Seu povo.

Se olharmos para a história das dez pragas sobre o Egito, veremos que o Senhor endurece o seu coração, ou seu coração permanece obstinado e não deixa o povo sair. Essa história se encontra entre os capítulos 7e 10 de Êxodo.

Os momentos supracitados estão nos textos a seguir:
Ex 7:22; 8:15,19,32; 9:7,12,34; 10:20,27

Tudo isso para que o Senhor se revelasse. Muito tempo já havia passado desde que Deus se manifestara a seu povo, e eles já haviam se esquecido quem Ele era. Ocorreu também para que os Egípcios soubessem quem era Deus.

No capítulo 7, versículo 5 o texto diz: “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu estender minha mão contra o Egito e tirar de lá os israelitas”.

Deus se revelava através das pragas aos egípcios, sendo cada praga a representação de um Deus egípcio. Os principais deuses foram vencidos pelo único e verdadeiro Deus, o Deus de Israel. Deus não estava simplesmente torturando o povo que havia escravizados os seus, mas estava se revelando a Eles. Vemos que muitos se voltaram a Ele pois deixaram o Egito junto com os Hebreus.

No capítulo 10, versículo 2, o texto diz: “para que você possa contar aos seus filhos e netos como zombei dos egípcios e como realizei meus milagres entre eles. Assim vocês saberão que eu sou o Senhor”.

O povo não havia esquecido Deus, pois clamaram a Ele e foram ouvidos, mas já haviam esquecido quem Ele era, seu poder, sua glória e majestade, sua onipotência e presença entre eles. Talvez depois desses 400 anos de silêncio de Deus, e escravidão, tenham transformado a imagem desse Deus em uma lenda entre seu povo. Entretanto, o Deus queria que o povo dEle soubesse que Ele é Senhor.

Através do endurecimento do coração de Faraó, e as pragas, Deus se revela como Senhor sobre todos os povos.

Esse texto me ajuda muito a passar por momentos de dificuldade e dor, os momentos em que não entendo. Pois, me lembra que o Senhor domina sobre a história com maestria, e que tudo na história tem seu propósito, mesmo que não consigamos jamais entender.
Através dessa história, e daquilo que Deus realizou no Egito, nós hoje em pleno século XXI sabemos que Ele é o Senhor da história e dos povos. Sabemos ninguém jamais se igualará a Ele.

Ele continua se revelando, através de Seus poderosos feitos.
Deus determinou que assim seria, no capítulo 4 de Êxodo, quando fala com Moisés. Ele diz que endureceria ao coração do Faraó até tirar seu primeiro filho, pois ele não estava deixando ir o seu primeiro filho, o povo de Israel. Portanto, as coisas não poderiam ter sido diferentes, o coração de Faraó não se amoleceria até que seu primeiro filho fosse tomado.
Deus controlou a história em seus mínimos detalhes, para que o Egito fosse ferido na mesma proporção do seu pecado contra o Senhor e Seu povo. Controlou a história de forma que todos os povos soubessem, e saibam até hoje, que Ele é o Senhor.

Simplesmente confie nEle. Saiba que Ele é Deus e Senhor de todos. Pois ele é o mesmo Deus que cuidou e olhou por seu povo no AT, e cuida de sua Igreja hoje. 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

(REBLOGANDO) O BRASIL NÃO É MAIS UM CELEIRO MISSIONÁRIO



Por Leonardo Gonçalves

Conheci a Cristo no final dos anos 90. Minha experiência de conversão se deu em uma igreja batista recém-plantada na minha cidade. Meu batismo e minha experiência de discípulo começou no inicio do ano 2000, na igreja Assembleia de Deus. Eu vivi uma parte do movimento AD2000 (1) e da chamada  “Década da Colheita” (2), e de certa forma toda minha geração foi influenciada por estes movimentos.  Uma e outra vez, escutávamos a frase: “O Brasil é um grande celeiro de missionário”. Por nossa pequena igreja passavam alunos da “Missão Horizontes” falando sobre a janela 10/40 e sobre como o brasileiro gasta mais com Coca-cola do que com o Reino de Deus. Após o culto, nós doávamos aquilo que tínhamos para as missões. Lembro-me de um diácono pobre doando um relógio a um missionário que havia perdido o seu em uma viagem de barco na Amazônia. Lembro-me também de um amigo que constrangido pela necessidade da obra e sem nada para doar, tirou dos pés um par de tênis Nike e colocou sobre o altar, voltando para casa descalço depois do culto. A gente dava o que tinha, e não era por causa de alguma promessa de retorno financeiro (como nas campanhas dos televangelistas atuais), mas simplesmente por amor e desejo de ver o evangelho avançando entre as nações da terra. Os jovens da igreja (e eu era um deles) eram muito ativos: organizavam jograis e teatros com temas missionários, e muitos de nós queríamos ser pastores ou missionários. Hoje, vários daqueles jovens com os quais cresci são pastores, evangelistas, missionários, obreiros em suas igrejas locais, e estão envolvidos de alguma forma com a grande comissão.

UMA IGREJA QUE RESPIRAVA MISSOES

Mas eu não consigo escrever este texto sem lágrimas nos olhos. Agora mesmo, sinto o peito doer e meus olhos se enchem de água ao me lembrar daqueles dias quando a gente vivia de maneira tão intensa, organizávamos vigílias, acampamentos de oração, visitávamos, evangelizávamos de verdade. Conheço um jovem em Cristo que aos 16 anos tinha uma rotina invejável: Ele fazia semanalmente visitas no hospital da nossa pequena cidade, e saia dali direto para o asilo contrabandeando doces e bíblias para os anciãos com quem passava parte do seu domingo. Por volta das 4 horas da tarde saia dali com outros meninos da sua idade, numa kombi velha da wolksvagen para realizar visitas em uma comunidade rural e "cooperar" com os irmãos de lá. As vezes a Kombi não vinha, e eles faziam o trajeto de 18 quilômetros de bicicleta. Quando chegavam a cidade novamente, era para tomar um banho e ir ao culto, ansiosos por ouvir a Palavra pregada e dispostos a participar, seja cantando, pregando, limpando ou fazendo qualquer outra coisa na igreja local. Durante a semana, ele e outros eram voluntários no “Desafio Jovem Liberdade” – centro de recuperação para usuários de drogas – muitas vezes saindo do trabalho direto para lá, para ensinar violão, passar algum tempo de comunhão com os internos e pregar no culto da noite. Esses rapazes respiravam missões.  

Na época, surgiam seminários com cursos rápidos, em média 2 anos, em regime de internato, onde a ênfase não era apenas preparar teólogos, mas obreiros. Trabalhavam-se questões como caráter, perseverança, domínio próprio, obediência, e grande parte das disciplinas do curso eram de viés missionário. Éramos confrontados com as biografias de William Carey, David Brainerd, Hudson Taylor, Adoniran Judson, George Miller, e nos inspirávamos neles. Criticava-se o modelo de seminário que formava apenas teólogos e falava-se muito em vocação ministerial. Escutávamos uma e outra vez que ser pastor é um dom e não uma profissão, e que o ministério é muito mais dar do que receber. O ponto alto das aulas era quando por lá passava algum missionário em transito, e contava as experiências vividas naquela terra desconhecida. Lembro-me de ter ouvido um desses missionários falando sobre o país dos Incas, e de como me senti desafiado pelo testemunho daquele jovem obreiro. À noite, enquanto orava por aquele país, discerni claramente a voz de Deus falando fortemente ao meu coração: “Eu te levarei ao Peru!”. Cai em pranto, sentindo um misto de temor e imensa alegria, pelo peso da responsabilidade e pela honra recebida. Sai do meu país em 2003, quando ainda se vivia a ressaca destes movimentos.

JOVENS QUE NÃO ALMEJAM O MINISTERIO

Hoje a igreja evangélica definitivamente não é a mesma. Ela nem sequer se parece com aquela igreja de 15 anos atrás. Cada vez que viajo ao Brasil, fico absorto com a secularização cada vez maior da igreja. Vejo uma igreja rica, muito rica, mas tremendamente ensimesmada. Em círculos tradicionais e na ala pentecostal clássica, pouco se fala em evangelismo e missões. Já os neopentecostais distorceram o conceito de evangelismo e missões transformando a igreja em uma pirâmide e implementando visões celulares das mais absurdas, substituindo paixão missionária por obediência cega a um líder autoritário. Se antes os jovens desejavam o ministério, a geração atual foge dele. É comum ver rapazes de moças de vinte e poucos anos com altos salários, comprando carros importados, fundando empresas, empreendendo e ganhando muito dinheiro. Os pastores destas igrejas sofrem, pois tem que se desdobrar em mil ofícios para atender as necessidades do rebanho, já que ninguém quer se envolver no ministério e sacrificar as horas de descanso para cuidar das necessidades alheias. Alguns poucos ainda ousam se envolver com missões, mas raramente em tempo integral. Ao invés disso, doam parte das suas férias para servir em algum país exótico, e passam 4 ou 5 dias visitando alguma igreja local,  e o resto das férias em alguma praia paradisíaca do Índico ou do Pacífico. Não trabalham nada, mas tiram umas quinhentas fotos com crianças locais e chegam a suas igrejas com testemunhos fantasmagóricos acerca de como salvaram o mundo em seis dias e ensinaram os pastores e missionários locais a pastorearem suas igrejas. 

MISSIÓLOGOS DE INTERNET QUE NUNCA SE ENVOLVERAM COM MISSÕES

O conceito de missão tem sido banalizado por uma geração hedonista mais preocupada com seus prazeres do que com glorificar o Cristo entre as nações. Para justificar sua falta de coragem para encarar o campo missionário, criam-se as mais distintas agencias missionárias, muitas das quais não enviam e nem sustentam nenhum missionário, dedicando-se apenas a recrutar voluntários para viagens de ferias, exatamente do tipo que mencionei no último parágrafo. Diga-se de passagem, o dinheiro gasto por uma equipe de voluntários de férias, se fosse doado integralmente a alguma missão séria que trabalhe entre os autóctones, daria para sustentar cerca de 10 obreiros durante um ano. Crer que 20 brasileiros em uma semana podem fazer um melhor trabalho que um obreiro nacional em um ano é um sofisma, mas parece ser este o pensamento predominante nessas missões recém-criadas no Brasil (as exceções conformam a regra).

Embora não estejamos mais tão engajados com missões transculturais, nunca tivemos tantos “ESPECIALISTAS” em missões! Meninos de vinte anos, com pouca ou nenhuma formação teológica, sem experiência de vida ou ministério e cujo maior esforço missionário foi falar de Jesus para o colega de classe, editam blogs e vlogs, dão opiniões e organizam conferencias missionárias onde eles mesmos são os preletores. Recentemente um desses palpiteiros da internet, um garoto de 20 anos, escreveu um livro sobre missões. Muita gente elogiou a atitude do rapaz e não encontrei ninguém, nem mesmo entre a velha guarda evangélica (que também é ativa nas redes sociais) para colocar freio na arrogância do moleque que escreveu suas 120 paginas sobre um assunto que ele nunca experimentou de fato. Há algum tempo recebi duas equipes de voluntários na cidade de Piura, onde desde 2008 temos desenvolvido alguns projetos missionários. Um dos rapazes que nos visitou, ainda nem tinha barba no rosto, mas logo se apresentou como consultor em missões. Segundo ele, varias igrejas no Brasil contam com seus conhecimentos de consultoria. Isso me parece estranho, se considerarmos que ele nunca foi missionário de fato, apenas participou de algumas palestras com ênfase na famigerada e pouco eficaz Missão Integral (3). Recebi deste garoto que nunca fez missões, diversos conselhos sobre como treinar meus obreiros e torná-los mais efetivos. Outros chegam já satanizando a cultura, tendo visões esquisitas acerca de demônios territoriais e correntes que estão aprisionando nossa igreja e missão, algo muito esquisito e sem bases bíblicas em minha opinião. 

UMA JUVENTUDE QUE QUER ENSINAR, MAS NÃO SE PRONTIFICA A APRENDER

Durante os dois últimos meses visitei varias igrejas no Brasil e por onde passei, desafiei pessoas para virem ao campo missionário no Peru, e o máximo que consegui foram uns garotos meio-hippies dispostos a vir salvar o mundo em uma semana e ensinar os pastores a pastorear suas igrejas. Todos os rapazes com quem falei queriam vir e ditar seminários, palestras, conferências, treinamento para pastores, e não atentavam para o ridículo das suas propostas, já que eles mesmos nunca pastorearam nem suas próprias famílias. No entanto, nenhum deles se mostrou disposto a passar ao menos um ano trabalhando de forma sistemática e fiel junto aos nativos, participando da vida, da luta e das dores do povo, compartilhando a comida e vivendo a verdadeira essência da missão. Todos queriam ensinar, ninguém estava disposto a viver. Todos queriam vir e impor; ninguém estava disposto a vir, viver e receber. Todos queriam formar obreiros, ninguém queria ser formado como obreiro. Todos queriam vir correndo e voltar; ninguém estava disposto a vir e permanecer. Cada um tinha uma visão diferente para a igreja peruana, mesmo sem ter conhecido de perto este campo missionário. Todos tinham receitas exatas para fortalecer o ministério local, mas ninguém queria servir no ministério. Muitos reis, nenhum servo. Como diria o pastor Kolenda, de saudosa memória, simplesmente “muito cacique para pouco índio”.

UMA IGREJA SECULARIZADA QUE NÃO AMA MISSÕES

Não posso dizer exatamente onde foi que a igreja errou (não se preocupem, deve ter algum conferencista de vinte anos capaz de decifrar este mistério!). Porém, mesmo sem saber exatamente, acredito que alguns fatores são visíveis e fáceis de discernir: economia estável, bons empregos, oportunidade de fazer duas, três, quatro faculdades, anos de pregação antropocêntrica que exclui o sacrifício como parte da experiência cristã, tudo isso contribuiu para uma horrível secularização da igreja. Se eu fosse dispensacionalista, não teria dificuldade em aceitar que a igreja está vivendo a “Era de Laodicéia”. A igreja de Laodiceia e a igreja brasileira são irmãs: As duas são ricas materialmente, ensimesmadas, autossuficientes. As duas estão corroídas pelo pecado, empobrecidas de galardão e cegas quanto a sua real situação.  Se há algumas décadas dizia-se que o Brasil era um celeiro de missões, hoje tenho certeza que este título deve pertencer a algum outro país: China, Índia, Coreia do Sul, talvez... Mas definitivamente, esse título já não se pode aplicar ao Brasil.

***
Leonardo Gonçalves é missionário há 11 anos. Neste período ajudou a plantar e consolidar igrejas no Brasil, Argentina (Patagonia e província de missiones), e no norte de Peru. Desde 2008 vive na cidade de Piura, envolvendo-se na plantação de 7 igrejas autóctones. O Projeto Piura sustenta hoje 6 obreiros autóctones e ajuda a 60 crianças provindas de comunidades carentes do Peru.

________________________
NOTAS:

1. O Movimento Ano 2000 (AD 2000) surgiu de uma reunião em janeiro de 1989, em Singapura, onde foi realiazada uma Consulta Global de Evangelização Mundial para o ano 2000 e Além. Esta consulta deu origem ao movimento denominado AD 2000, cujo enfoque eram os povos não alcançados da chamada ‘janela 10/40’.


2. A Década da Colheita foi o resultado de um encontro de líderes das Assembleias de realizado nos Estados Unidos, em 1988. Foram também estabelecidas metas bem claras para a AD no Brasil, para serem alcançadas até o ano 2000: (1) Levantar um exército de três milhões de intercessores; (2) Ganhar 50 milhões de almas para Cristo; (3) Preparar 100 mil obreiros dispostos a trabalhar na seara do Mestre. (4) Estabelecer 50 mil novas igrejas em todo o Brasil; e (5) Enviar novos missionários para outras nações.

3. Não é que eu me oponha totalmente a Missão Integral. Minha crítica a este movimento pode ser resumida em poucos pontos: (1) A terminologia Missão Integral é, por si, uma redundância. Se é missão cristã, deve ser integral, e se não for integral (no sentido de total), não é missão. (2) Os promotores da Missão Integral no Brasil parecem se inspirar mais no marxismo do que na Bíblia. Um dos líderes desse movimento chega a apresentar o comunismo como uma ideia bíblica de comunidade. Ora, confundir comunidade cristã com uma ideologia que foi responsável por milhões de mortes no mundo, incluindo muitos cristãos, é uma boçalidade. (3) O discurso da Missão Integral tem servido de plataforma política para ideias esquerdistas, e sua super-ênfase no social tem levado alguns a pregar um conceito que beira a salvação pelas obras, algo abominável do ponto de vista bíblico. (4) Nunca vi um leprosário criado ou mantido por adeptos da Missão Integral.

FONTE: http://www.pulpitocristao.com Leia outros ótimos artigos encontrados neste blog.